Nauti 575, um projeto revolucionário

O pequeno veleiro Nauti 575 desenvolvido pelo projetista francês Jérôme Delauney é uma pérola do design de embarcações de pequeno porte.

Foi desenvolvido especialmente para o Estaleiro Oficina. O casco tem apenas dois chines e o fundo é chato, com uma curvatura de shape sutil, seguindo as linhas mais atuais da vela esportiva. Muito fácil de construir, com compensado naval, filetes de epoxi e reforços em fibra de vidro.

O mastro duplo tem vantagens importantes: como são dois podem ser mais baixos do que um mastro único e mantém uma grande área vélica. Podem ser facilmente rebatidos para transporte. São de madeira e podem ser fabricados pelo construtor. O modelo de vela "junk" além de bonito também é muito eficiente e potente.

- Dormem 4 pessoas na cabine, para longos campings à bordo.
- Comprimento 5.75m
- Boca 2.23m
- Área vélica 18.5 m²
- Peso seco 600 kg

- Deslocamento total 1100 kg
- Lastro de ferro-cimento e chumbo 

- Quilha retrátil vertical (guilhotina) facilitando o desembarque na praia ou uso de carreta
- Categoria de navegação europeia C/3-D/5 (águas abrigadas ou costeira restrita)

Plano completo em PDF A3 enviado rapidamente para o email do cliente, com sequência de montagem em imagem 3D.

Requer 20 chapas de compensado naval de 10 mm e 4 chapas de 12 mm


Comprando conosco você recebe nosso suporte técnico em português.




Vamos montar uma frotilha de Nautis 575 no Brasil!! Compre o projeto e realize seu sonho em poucos meses.

Custo do projeto: R$ 590
Pague com depósito bancário, ou cartão de crédito, via sistema PayPal, receba o projeto por email!

Contate artistaramalho@gmail.com
Ricardo Ramalho



Agora temos a versão Sloop, mastro único!!!!


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Considerações sobre monocascos e multicascos para construtores amadores

Pequeno catamaran  cabinado de 18 pés de Bern Kohler
Existe uma interminável discussão sobre qual configuração é melhor. Chega a ser exagerado o debate. Certos adeptos dos monocascos são até intolerantes com multis. Vale a pena encarar o tema com serenidade respeitando o uso de cada projeto. Não pretendo aqui esgotar o tema, mas dar algumas indicações. O projetista de catamarans Chris White devolve a agressividade em seu livro The Crusing Multihull e escreve "Multicascos são excelentes para velejar e viajar. Monocascos são ideais para ficarem parados na marina". Claro que os monocascos dominam os mares por duas razões: são mais baratos e transportam mais carga. Eu pessoalmente sou um defensor dos catamarans, mas somente em certos casos. Não defendo incondicionalmente. Já fui dono de um Hobie Cat de 5 metros e estudei muito sobre o tema da construção de monos e multis. Vamos analisar a questão sobre várias perspectivas.

1) O pretendente quer um pequeno barco cabinado na faixa dos 5 ou 6 metros. Mono ou multi?
Um monocasco pequeno será mais confortável do que um catamaran, porque nesta faixa são raros os catamarans que possuem cabine e quando possuem são pequenas e mal permitem um jogo de cartas no camarote numa tarde chuvosa. Além disso alguns catamarans, como o hobie cat, não tem nem onde sentar, o tranpolim é desconfortável para longas horas, são muito esportivos. Um barco pequeno deve ser prático de transportar numa carreta. Neste tamanho e com cabine os monos levam vantagem.

2) O pretendente quer um barco barato de construir.
Belhaven 19 pés, de B & B Yacht Design

Mais uma vez o monocasco ganha. Chris White lembra que um catamaran são dois barcos. Além disso os catamarans usam mastros e velas maiores o que aumenta bem o custo. Embora uma quilha de ferro fundido custe caro, o tempo de construção e materiais de um multi certamente vão superar o custo da quilha.

3) Custo operacional.
Este ponto tem vários aspectos. Os ferry boats são catamarans porque são rápidos e exigem pouca potência no deslocamento, então são eficientes no combustível e na velocidade para transportar pessoas diariamente. Barcos de pesca e carga não precisam ser rápidos, e sim carregar muito peso, assim os monocascos levam mais por menos.
O custo de uma marina é mais alto para multicascos: na Europa as marinas simpáticas cobram só 50% a mais do que um mono, mas outras não fazem concessões e cobram o dobro. Então se o barco ficar muito parado o custo será maior. O transporte por terra de um catamaran é algo crítico... melhor nem comentar. O custo operacional varia de acordo com o uso. Se for navegar muito, como em charters por exemplo, os trajetos serão mais rápidos no catamaran e isto reduz custos (pode fazer um percurso na metade do tempo, uma viagem de 6 dias pode demorar 3). Se for navegar muito eu diria que o custo operacional do catamaran é mais baixo. Se for deixar 95% do tempo na marina (como a maioria dos barcos de recreio) o mono leva vantagem. Para levar carga sem pressa o mono ganha.

Interior do catamaran Eco 55 de 18 pés: espaço limitado
4) Rentabilidade para charters:
O catamaran permite mais ambientes e uma maior capacidade de leitos do que um mono, sendo portanto mais rentável.

5) Conforto:
Não há muita dúvida que o catamaran de grande porte é mais confortável, não apenas pelo espaço interno, mas pelo fato de não velejar adernado. Se forem de pequeno porte a coisa se inverte: os monos pequenos serão mais confortáveis do que os multis (conforme o item 1). Compare nas fotos o interior de um catamaran de 18 pés e um mono de 19 pés. Mesmo que o catamaran fosse 19 pés, ele não teria o mesmo espaço interno do que o mono. Até a faixa dos 28 pés eu diria que os monos são mais confortáveis, Compare o layout de um catamaran Bora Bora 28 e um Multichine 28, ambos do Roberto Barros Yacht Design. O multichine tem banheiro e cozinha onde se fica em pé, e mesa de jantar, ja o Bora Bora não tem a cabine central e as pessoas se apertam nos cascos. Somente catamarans de maior porte serão mais confortáveis do que monos.
Comparativo de layout de barcos de 28 pés: neste tamanho o monocasco ganha em conforto

6) Segurança: 
White argumenta que multicascos são insubmersíveis e é preferível ficar com seu barco virado de cabeça pra baixo, mas ter todos os seus suprimentos e recursos disponíveis, do que arriscar a sorte numa pequena balsa inflável com seu barco no fundo do oceano. Eventualmente o monocasco pode enfrentar uma tempestade com mais tranquilidade: velejar um multicasco nessas condições será sempre mais tenso. Por outro lado White argumenta que velejar adernado provoca muita fadiga na tripulação e a lentidão dos monos faz a viagem mais longa. Portanto nos multicascos a tripulação estará sempre mais descansada para enfrentar situações estressantes. O catamaran também veleja mais rápido e pode escapar de tempestades e ficar menos tempo exposto ao mar numa travessia. Virar de ponta cabeça um catamaran de grande porte é muito difícil. Lembrando
Interior do Belhaven 19 pés: camas numa pequena sala
também que se um monocasco virar não necessariamente vai desvirar e os danos também podem ser consideráveis. A longa quilha de um monocasco também é um item de risco considerável, em encalhes, impactos ou fadiga de material. O catamaran costuma ter dois motores e dois lemes, redundâncias que agregam segurança.

7) Custo não é problema:
Bem, neste caso o catamaran ganha, porque embora seja mais caro você terá muito mais barco para desfrutar, mais espaço, mais velocidade, mais conforto.

8) Beleza:
Item polêmico. Um monocasco, bela sua simplicidade de linhas pode ser mais bonito e discreto do que um catamaran. Os catamarans também são bonitos, mas são estruturas muito maiores, largas e espalhafatosas. Eu diria que um monocasco, como um objeto coeso e monobloco, é mais elegante do que um multi. Mas elegância não é tudo na vida. Os multis são mais arrojados.

Bem, por enquato é isso! Cada um tem seus compromissos e necessidades. No geral um monocasco é mais prático, enquanto o multicasco tem mais recursos. Bons ventos!!
Um abraço! Ricardo Ramalho

Video sobre Epoxi!! Com RR

Assista este curtíssimo video sobre o Epoxi, apenas 2 minutos, com Ricardo Ramalho


Barcos construídos

Caros amigos, estamos construindo nosso quinto barco e ja reformamos outros tantos. Segue a lista dos ja construídos, em obras, ou com os quais ja trabalhamos!

Finalizado, Caiaque Laker, do projetista americano Matt Langenfeld.
Veja todo o processo construtivo no álbum do Facebook









Finalizado, barco 20 pés para expedições Fairhaven Flyer à remo foi iniciado no curso Introdução a Construção de Barcos, em abril de 2016. Saiba mais sobre o curso no link.
O design é de Sam Devlin.




Finalizado, Yakyak 425 é um interessante caiaque para duas pessoas que pode ter vela e flutuadores de trimaran, permitindo longas aventuras. Vendemos o projeto deste barco. Vamos fazer uma produção de 3 unidades e coloca-las a venda muito em breve! Também temos curso sobre este modelo!
Veja a página do projeto no link






Finalizado, o Nutshell Pram como barco de apoio para um veleiro de 50 pés, o Sagu, de Parati. Este projeto é do site Wooden Boatstore.











Dingue Polliwog, laminação de fibra de vidro e reforços de epoxi, também de Sam Devlin.







Azimut 75 pés que reformamos o mobiliário por dentro em Parati. Um barco de milhões de reais. Mais um trabalho de grande responsabilidade: sem medo de ser feliz. Mobiliário muito difícil de trabalhar com madeiras folheadas de superfície muito fina. 

Reforma do veleiro de 50 pés, Sagu, em Parati, de aço, design Van de Stadt. Serviço particular de manutenção e reformas de barcos.





Acompanhamento da reforma do Bolger Light Schonner de 23 pés de Ricardo Lancellotti, e finalização da construção, com apoio do Estaleiro Oficina, projeto Phil Bolger. Veja mais fotos no link 



Reforma da baleeira Metralha, um barco à remo com assento de carrinho e forquetas, restauro de um clássico de 1940 para a família Righetto. Trabalho em andamento. Veja artigo no link deste blog.








Em obras, Março de 2021, Jangada 595, anteparas prontas, moderno projeto da tradicional jangada de Itacaré, feita de compensado, epoxi e fibra de vidro. Saiba mais sobre este projeto no link http://estaleirooficina.blogspot.com/2016/02/jangada-488-projeto-de-construcao.html







Naut 395 é um pequeno veleiro para duas pessoa
s com linhas modernas inspiradas na classe européia IMOCA. Acreditamos que este é o melhor barco para muita diversão a vela com segurança e velocidade. Acesse o link do projeto.






Revestimento de madeira com lambri e compensando naval de cedro
 de um veleiro de aço de 37 pés.











Próximos projetos a serem construídos com licenças ja adquiridas:

O veleiro Naut 575 de Jérôme Delauney é derivado de uma série de projetos do designer e foi desenvolvido sob encomenda para o Estaleiro Oficina, pelo qual ficamos gratos pela oportunidade da parceria
Temos a venda o projeto deste barco para construção amadora.
Link do projeto.






Lancha de 27 pés de Tad Roberts. Escolhemos este modelo por ter um bom tamanho, usar apenas um motor de popa de 25 HP e seu  belíssimo design dos anos 20.
















Para mais informações contate artistaramalho@gmail.com



Os 7 erros que impedem uma pessoa de construir seu primeiro barco

Quem quer construir um barco? 
Listo aqui os 7 erros que impedem uma pessoa de construir seu primeiro barco:

1) a pessoa não quer gastar dinheiro comprando projetos, pretende algo grátis. Não perca seu tempo, os melhores projetos não são grátis, e comprando projetos atuais você participa da comunidade de construtores daquele projeto (seu barco pode ser publicado no site do projetista). Além do mais o custo do projeto é uma fração perto do que vai custar o barco pronto.

2) a pessoa quer projetar o próprio barco. Esqueça, um projeto bem feito pode demorar mais do que a própria construção. Existem milhares de boas opções de projetos prontos na internet.

3) a pessoa quer um barco grande, como não tem dinheiro, nem espaço, nem tempo, não faz nada. O custo de um barco grande é bastante alto, e o tempo de construção pode demorar anos. Como diz Richard Woods, "construa o menor barco com o qual você ficaria feliz". Comece pequeno para perder o medo e ganhar confiança. Eu comecei com o caiaque da foto.


4) a pessoa estuda, estuda, estuda, compra livros, compra projetos, e não faz nada. O maior aprendizado vai vir com a construção. Os projetos ja vem bem explicados. Não precisa ser engenheiro para construir um barco bem projetado.


5) a pessoa não tem espaço. Tem sim, arrume uma garagem, um quintal, até um quarto pode servir. Você pode pré-fabricar as partes num lugar, cortar e preparar tudo e montar noutro local.


6) a pessoa não tem envolvimento na náutica. Algo importante é tirar a habilitação de navegador para ir conhecendo os termos, pode alugar barcos a vela em represas, fazer passeios de barco, ir se voltando para a náutica e percebendo o comportamento de diferentes barcos.


7) a pessoa não sabe qual projeto comprar. Reflita sobre o que você pretende com o barco. Quer passeios rápidos? Monte um barco a motor. Quer passeios mais esportivos? Barco a vela. Quer gastar pouco? Barco pequeno. Quer dormir dentro? Compre um projeto com uma pequena cabine. Quer rebocar na carreta? Tem que ter largura rodoviária. Tem onde guardar? Veja o preço das marinas locais. Quer um barco lento e com grande capacidade de carga? Monte um pequeno trawler. Não existe um barco que seja bom para tudo. Cada barco tem seus compromissos. Para resumir: compre um projeto realista, simples, viável e mãos a obra!! Um abraço!!!

Bons ventos. Ricardo Ramalho